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Ser feliz no vão


Ser feliz no vão
de Lucas H. Rossi dos Santos, 2020, Rio de Janeiro, 12’

A saída do trem da estação, a chegada do bonde na praia. Nomes que vão de Victoria Santa Cruz a Leon Hirszman, passando por Nina Simone, Mano Brown, Tim Maia, MC Kevin o Chris. Um comboio de arquivos filmados e sonoros, imagens e palavras de pessoas pretas, pregnantes de força e beleza, amplificadas e evidenciadas pela montagem para confrontar o discurso branco, racista e elitista da narração oficial. A música insubmissa da revolta é o pensamento que fomenta a revolução. O combate do som e da forma instauram um deslocamento, mesmo que provisório, pelo domínio do carro da história, esse que o sistema quer lançar ao vão. Ser feliz no perigo, no triz, desobedecer e lutar. Chegou a época da periferia tomar conta, já dizia Mano Brown, a maioria absoluta. Transbordando aquilo que se cala. (luís flores)